terça-feira, 12 de julho de 2011

POR QUE INVESTIR

É consenso de que devemos pensar no futuro. Ainda não é possível prever o futuro com exatidão, pelo menos para a maioria das pessoas. Entretanto, é possível deduzir o que está por vir, baseado em experiências anteriores.

Quando se fala em investimento, a primeira coisa que nos vêm à mente é: GUARDAR PARA O FUTURO. E não apenas “dinheiro”: materiais, alimentos, etc.

Mas o que vem a ser exatamente “investimento”? Segundo o Dicionário Aurélio:

Investir: v. t. 1- Atacar, acometer, 2 – Empossar formalmente, 3 – Aplicar ou empregar capitais

Segundo o “Novíssimo Dicionário de Economia”, de Paulo Sandroni:

INVESTIMENTO. Aplicação de recursos (dinheiro ou títulos) em empreendimentos que renderão juros ou lucros, em geral a longo prazo. Num sentido amplo, o termo aplica-se tanto à compra de máquinas, equipamentos e imóveis para a instalação de unidades produtivas como a compra de títulos financeiros (letras de câmbio, ações etc.). Nesses termos, investimento é toda aplicação de dinheiro com expectativa de lucro. Em sentido estrito, em economia, investimento significa a aplicação de capital em meios que levam ao crescimento da capacidade produtiva (instalações, máquinas, meios de transporte), ou seja, em bens de capital. Por isso, considera-se também investimento a aplicação de recursos do Estado em obras muitas vezes não lucrativas, mas essenciais por integrarem a infra-estrutura da economia (saneamento básico, rodovias, comunicações).

A grosso modo: todo “dispêndio”, “gasto”, “saída de dinheiro” visando algum tipo de retorno pode ser considerado um “investimento”:

• Comprar um carro pode ser considerado um investimento: espera-se retorno em sua revenda;

• A compra de um imóvel, idem;

• Depositar dinheiro no banco idem; espera-se retorno na forma de “juros”;

• Aplicar capital na constituição de um negócio próprio, idem, espera-se retorno na forma de “lucros”;

• Aplicar capital na compra de máquinas e equipamentos para aumento / melhoria da produção, idem; espera-se retorna na forma de redução de custos ou aumento de produtividade, o que reflete nos lucros.

• Aplicar dinheiro na compra de títulos públicos e privados; espera-se retorno na forma de juros e dividendos.

Como podemos deduzir, há diferença entre “investir” e “guardar para o futuro”.

“Guardar para o futuro” é o mesmo que “deixar de gastar / consumir”, ou seja, “fazer poupança”;

• “Investir” é o mesmo que “aplicar os recursos não gastos”, ou seja, depositar a “poupança” em qualquer aplicação que traga retorno; seja na forma de lucros, dividendos, bonificações, proventos, etc.

“Poupar” é simplesmente deixar de gastar; “investir” é aplicar o que se poupa na expectativa de retorno.

Além de obter retorno, quem investe ajuda outras pessoas, ajuda seu país ou até o mundo todo! Como? Simples: podemos dividir as pessoas em dois grupos; o grupo dos que gastam demais e grupo dos que gastam de menos. Os que gastam demais; não fazem poupança (ou seja, gastam exatamente tudo o que tem) ou fazem o que poderíamos chamar de “poupança negativa”, em outras palavras; gastam mais do que tem. Os que gastam de menos fazem poupança. O que fazer com esta poupança?

- Alternativa A: Comprar coisas do tipo, um carro, um refrigerador, um televisor; ou fazer uma viagem. Neste caso, estarão contribuindo com a indústria, o comércio e o setor de serviços.

- Alternativa B: Investir; depositar na Caderneta de Poupança, nos fundos diversos, comprar ações de empresas, comprar títulos da dívida pública, etc. Com isso, contribuem com o sistema financeiro, as empresas e o governo.

Optando pela “Alternativa B”, o poupador precisará recorrer a um “intermediário”: um banco, uma corretora, uma cooperativa de crédito. Este intermediário irá utilizar os recursos do poupador em diversas aplicações: fazer empréstimos para pessoas físicas e/ou empresas, participar de empreendimentos, emprestar dinheiro ao Governo, etc. Tudo isso faz “a roda da Economia girar”, gerando emprego e renda. Ao investir o poupador ajuda a si mesmo, guardando para o futuro com expectativa de retorno e ajuda aos demais: as empresas, o Governo, as pessoas que “tem de menos” ou “não tem”.

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