sexta-feira, 26 de agosto de 2011

RENDA VARIÁVEL

Ativos de renda variável são aqueles cuja remuneração ou retorno de capital não pode ser dimensionado no momento da aplicação, podendo variar positivamente ou negativamente, de acordo com as expectativas do mercado. Os mais comuns são: ações, fundos de renda variável (fundo de ação, multimercado e outros), quotas ou quinhões de capital, Commodities (ouro, moeda e outros) e os derivativos (contratos negociados nas Bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas).

Nos investimentos em títulos de renda variável, o investidor não tem como saber, previamente, qual será a rentabilidade da aplicação. E remuneração depende de fatores políticos, econômicos, climáticos entre outros.

Aparentemente, essa incerteza faz com que a Renda Variável apresente riscos maiores do que os investimentos em Renda Fixa; entretanto, ao realizarem-se estudos e análises prévias do mercado e das empresas onde prentende-se investir, tais riscos são drasticamente reduzidos.

MODALIDADES:

Ações: representam a parcela mínima do capital de uma Sociedade Anônima; seu detentor é sócio (acionista) da mesma. As ações dividem-se em: Preferenciais (dão ao seu portador preferência na distribuição de lucros, isso é, “dividendos”; porém o acionista que a possuir não tem direito a voto na Assembléia Geral) e Ordinários (ao contrário das preferenciais, as Ordinárias dão direito a voto, porém seu portador não tem preferência na distribuição de dividendos). As ações podem ser adquiridas de duas formas:

· No mercado primário: quando a Sociedade Anônima emissora emite novas ações ou lança ações pela primeira vez (Oferta Publica Inicial ou I.P.O.);

· No mercado secundário: através de compra em Bolsa de Valores, com a intermediação de uma corretora.

A remuneração do investimento em ações se dá, principalmente, através da participação nos lucros da Sociedade Anônima emissora, sob a forma de dividendos em dinheiro e/ou bonificação em novas ações. O valor depende da lucratividade da empresa; esta depende de fatores econômicos, climáticos e de fatores de políticas interna da empresa emissora.

Veja também: “BOLSA DE VALORES: MITOS, LENDAS E CASCATAS”.

Fundos de Ações: são fundos administrados por bancos, sociedades corretoras ou empresas especializadas; nos quais o investidor compra um determinado número de cotas e seus recursos são utilizados na compra de ações de diversas empresas. A rentabilidade destes fundos depende das oscilações do mercado. Dividem-se em diversas categorias de acordo com o grau de risco que o investidor prefere correr.

Clubes de Investimento: condomínios, com personalidade jurídica própria, formado por um determinado grupo de investidores que juntam seus recursos para investir em ações, títulos públicos e privados, derivativos, etc. A diferença de um Clube de Investimento para um Fundo é que, por ter personalidade jurídica própria, seus administradores (ou seja, os próprios investidores)têm autonomia para gerir os recursos, necessitando do auxilio de uma instituição financeira para servir como intermediário nas operações de compra a venda.

VEJA TAMBÉM: “CLUBES DE INVESTIMENTOS EM AÇÕES”

Derivativos: Ativos financeiros derivados de outros bens ou variáveis econômicas: ações, commodities, moedas, títulos da dívida pública, índices de ações, índices inflacionários, etc.

A grosso modo, os derivativos são contratos nos quais se estabelecem pagamentos futuros, cujo montante é calculado com base no valor assumido por uma variável, tal como o preço de outro ativo (e.g. uma ação ou commodity), a inflação acumulada no período, à taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer outra variável dotada de significado econômico. Derivativos recebem esta denominação porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro ativo, denominado ativo-objeto.

Os principais são:

· Contratos futuros: contratos em que se estabelece a compra e venda de um ativo a um dado preço, numa data futura. O comprador ou vendedor se compromete a comprar ou vender certa quantidade de um ativo por um preço estipulado, numa data futura. No mercado futuro, os compromissos são ajustados diariamente às expectativas do mercado referentes ao preço futuro do bem, por meio do ajuste diário (mecanismo que apura perdas e ganhos). Os contratos futuros são negociados somente em bolsas.

· Contratos a termo: comprador e vendedor se comprometem a comprar ou vender, em data futura, certa quantidade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro), a um preço fixado na própria data da celebração do contrato. Os contratos a termo somente são liquidados integralmente na data de vencimento, podendo ser negociados em bolsa e no mercado de balcão. Não há ajuste diário.

· Opções: contratos que dão a compradores ou vendedores o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender o ativo relacionado, em uma data futura (data do vencimento da opção), por um preço preestabelecido (o preço de exercício da opção). Tal como num contrato de seguro, o comprador deve pagar um prêmio ao vendedor. Diferentemente dos futuros, o detentor de uma opção de compra (call option) ou de venda (put option) não é obrigado a exercer o seu direito de compra ou venda. Opções do tipo americano podem ser exercidas a qualquer momento, até a data de vencimento; opções do tipo europeu só podem ser exercidas na data de vencimento do contrato. Caso não exerça seu direito, o comprador perde também o valor do prêmio pago ao vendedor.

· Swaps: contratos que determinam um fluxo de pagamentos entre as partes contratantes, em diversas datas futuras. Negocia-se a troca (em inglês, swap) do índice de rentabilidade entre dois ativos. Por exemplo: a empresa exportadora A tem uma dívida cujo valor é corrigido pela inflação e prevê que terá dólares em caixa. Portanto, ela pode preferir que sua dívida seja atualizada pela cotação do dólar. Já a empresa B, que só vende no mercado interno, tem um contrato reajustado em dólar, e pode preferir usar outro indexador, tal como a taxa de juros. Então, A e B, interessadas em trocar seus respectivos riscos, poderiam firmar um contrato de swap (diretamente ou mediante a intermediação de uma instituição financeira). O swap, no entanto, implica um certo risco. Variações inesperadas nos indexadores das dívidas podem eventualmente prejudicar um dos signatários, prejudicando o outro. Tal como a operação a termo, a operação de swap é liquidada integralmente no vencimento.

FONTES:

BM&FBovespa

Portal do Investidor

Wikipedia

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