terça-feira, 16 de agosto de 2011


Renda Fixa

As aplicações em Renda Fixa são aquelas em que uma certa remuneração é paga fixamente

em um determinado período, remuneração esta que pode ser definida no momento da aplicação (prefixada) ou no final do período (pós-fixada).

Uma aplicação em Renda Fixa é basicamente um empréstimo que o investidor cede ao emissor do título (pessoa física, empresa, instituição financeira, governo), assim como em qualquer empréstimo, a taxa de juros é definida previamente.


Títulos Prefixados

São aqueles que têm sua remuneração definida no momento da aplicação, o capital investido começa a render juros já no início da aplicação. Por exemplo: se o investidor compra um título remunerado a 0,8% ao mês, este valor já começa a ser contabilizado no início do mês,


Títulos Pósfixados

São aqueles que têm sua remuneração definida ao final do período de aplicação. Por exemplo: se o investidor compra um título remunerado a 0,8% ao mês, este valor já começa a ser contabilizado no final do mês, Isso ocorre porque o rendimento é determinado pela variação de um certo índice mais uma taxa de juros determinada no início.


Exemplos de investimentos em Renda Fixa:


· Caderneta de Poupança

Contas sobre cujos depósitos são creditados mensalmente (lei de agosto de 1983) juros e correção monetária, uma vez observada a condição de que saques e depósitos sejam feitos em épocas predeterminadas.

· Certificado de Depósito Bancário – CDB

Documento que comprova ter seu possuidor feito um depósito a prazo fixo em estabelecimento financeiro. É negociável, rende juros e, no Brasil, na época em que existia a correção monetária, esta era agregada aos juros, sendo pré ou pós-fixada.

· Títulos Públicos

Títulos emitidos e garantidos pelo governo (União, Estado, município). A emissão de Títulos da Dívida Pública é um instrumento de política econômica e monetária que pode servir para financiar um déficit do orçamento público, antecipar receita ou garantir o equilíbrio do mercado do dinheiro. De acordo com suas características, pode ter a forma de apólice, bônus ou Obrigação do Tesouro Nacional.

· Letras de Câmbio

Tipo de título negociável no mercado. Consiste numa ordem de pagamento em que uma pessoa (sacador ou emitente) ordena que uma segunda pessoa (sacado) pague determinada quantia a uma terceira (tomador ou beneficiário). Deve trazer, de forma explícita, o valor do pagamento, a data e o local para efetuá-lo. Acredita-se que a letra de câmbio teve origem na Itália, ainda na Idade Média, como forma de evitar o transporte de grandes somas de dinheiro e, ao mesmo tempo, reduzir os problemas ocasionados pelas diferentes moedas cunhadas em cada cidade. A forma atual da letra de câmbio e seu funcionamento foram desenvolvidos na Alemanha, no século XIX, quando se definiram as regras de sua circulação. A partir de então, as letras de câmbio passaram a ter valor próprio, tornando-se transmissíveis e com garantia legal. Na prática, a letra de câmbio é uma forma de crédito: em pagamento a determinada compra, o sacador emite a letra de câmbio, que será resgatada no dia de seu vencimento. O sacado, em geral uma instituição financeira, deve dar o aceite, ou seja, tornar-se o devedor direto da quantia estabelecida na letra de câmbio. O sacador, no entanto, é o responsável pelo pagamento, mesmo que o sacado não o faça. Em função da credibilidade do sacado, a letra de câmbio tem maior ou menor liquidez, ou seja, o beneficiário terá maior ou menor facilidade de vendê-la a outra pessoa (se a letra de câmbio for nominal, basta um endosso), e assim por diante, sempre com certo deságio.

· Letras Hipotecárias

Títulos de crédito emitidos por bancos hipotecários. É transmissível por endosso e garante a seu portador preferência sobre todos os imóveis, capital e fundo de reserva do banco.

· Debêntures

Títulos mobiliários que garantem ao comprador uma renda fixa, ao contrário das ações, cuja renda é variável. O portador de uma debênture é um credor da empresa que a emitiu, ao contrário do acionista, que é um dos proprietários dela. As debêntures têm como garantia todo o patrimônio da empresa. Debêntures conversíveis são aquelas que podem ser convertidas em ações, segundo condições estabelecidas previamente.

· Fundos de Renda Fixa

Fundos de investimento que buscam retorno através de investimento em ativos de rendas fixas excluindo-se estratégias que impliquem risco de índices de preço, moeda estrangeira ou de renda variável (ações etc.). Os recursos que o investidor aplica nestes fundos são administrados per bancos, corretoras ou administradoras; que alocam tais recursos na compra de títulos públicos e privados (tanto de renda fixa quando de renda variável), moedas estrangeiras, contratos futuros de commodities e financeiros, entre outras aplicações. Entretanto, o rendimento pago ao investidor é fixo. Deve possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe (variação da taxa de juros doméstica ou de índice de inflação, ou ambos).

ü Exemplos de Fundos de Renda Fixa

§ Renda Fixa: Fundos que buscam retorno por meio de investimentos em ativos de renda fixa (sendo aceitos títulos sintetizados através do uso de derivativos), admitindo-se estratégias que impliquem risco de juros e de índice de preços do mercado doméstico. Excluem-se estratégias que impliquem exposição de moeda estrangeira ou de renda variável (ações etc.). Devem manter, no mínimo, 8 0% de sua carteira em títulos públicos federais, ativos com baixo risco de crédito ou sintetizados, via derivativos, com registro e garantia das câmaras de compensação. Admitem alavancagem.

§ Renda Fixa Crédito Livre: Fundos que buscam retorno por meio de investimentos em ativos de renda fixa, podendo manter mais de 20% da sua carteira em títulos de médio e alto risco de crédito (sendo aceitos títulos sintetizados através do uso de derivativos), incluindo-se estratégias que impliquem risco de juros e de índice de preços do mercado doméstico. Excluem-se estratégias que impliquem exposição de moeda estrangeira ou de renda variável (ações etc.). Admitem alavancagem

§ Renda Fixa Índices: Fundos que buscam seguir ou superar indicadores de desempenho (benchmarks) que reflitam os movimentos de preços dos títulos de renda fixa, tais como o IMA Geral e seus subíndices apurados pela ANBIMA, através de investimentos em ativos de renda fixa (ou títulos sintetizados através do uso de derivativos), admitindo-se estratégias que impliquem risco de juros e de índice de preços do mercado doméstico. Excluem-se estratégias que impliquem exposição de moeda estrangeira ou de renda variável (ações etc.), ou que busquem seguir ou superar as variações do CDI ou Selic. Admitem alavancagem.

Alavancagem: Termo usado no mercado financeiro para designar a obtenção de recursos para realizar determinadas operações. Num sentido mais preciso, significa a relação entre endividamento de longo prazo e o capital empregado por uma empresa. Assim, o quociente Endividamento de Longo Prazo/Capital Total Empregado reflete o grau de alavancagem aplicado. Quanto maior for o quociente, maior será o grau de alavancagem.

Fontes:

§ Wikipedia

§

Sandroni, Paulo

NOVÍSSIMO DICIONÁRIO DE ECONOMIA

Editora Best Seller, 1999

§

Como Investir, Associação Brasileira dos Bancos de Investimento



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